Um desafio chamado Recursos Humanos
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Um desafio chamado Recursos Humanos

Atualizado: 16 de jul. de 2020

O impacto no profissional de hoje diante das incertezas do mercado e o papel do RH dentro deste desafio em tempos de pandemia.


O mundo moderno traz consigo inovações que muitos de nós ainda não soubemos assimilar. São mudanças de modelos e métodos de trabalho, são conceitos que ganham ou perdem significado. São aprimorações que, associadas às novas necessidades em decorrência do COVID-19, faz de 2020 um ano desafiador. A Agência ZeroUm convidou Márcia Benites, Psicóloga, a nos ajudar entender o 'cenário de sobrecarga' emocional, funcional e como a área de Recursos Humanos pode contribuir.


Foto by Wix
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O recurso que é humano


A sexta-feira 13, apesar da lenda temerosa de azar que a data sugere, não nos afetou, pelo menos não a maioria. Voltávamos cansados da jornada de trabalho, ansiando por descanso depois de uma semana ativa e trânsito intenso do retorno para casa. Acompanhávamos espantados o avanço do Corona vírus pelo mundo. Há poucos dias, havíamos ensaiado cuidado de proteção ainda modesto em relação ao contágio. Atentos e preocupados de onde isso iria parar. E ainda não sabemos...


Nossas vidas a partir do próximo dia útil já não seriam mais as mesmas. Crianças em casa; Home office para quem podia; trabalho presencial apenas para aqueles que precisam fazer o país funcionar minimamente. Entra ministro, sai ministro. Declarações contraditórias de um governo que mais pensa no PIB do que nas vidas ceifadas pelo COVID 19. Novas MPs para minimizar os impactos financeiros das empresas, etc. A cada dia uma chuva de novidades sobre o impacto que o Corona vírus fazia, e ainda faz, em nosso país.


As mudanças repentinas costumam deixar marcas nas pessoas. Em um intervalo tão curto de tempo, tivemos que digerir todas as novidades que, de tão grandes, chegaram a ocupar o nosso dia a dia, a rotina da nossa família. Preocupações com o futuro começaram a ser as mesmas em diferentes grupos sociais:


Questão financeira; Saúde mental das crianças trancadas em casa; Saúde mental dos pais que fazem malabarismos com o tempo x demandas que surgiram nesse “home tudo”; Saúde dos meus familiares que são grupos de risco; Saúde mental de todos os isolados fisicamente; A vulnerabilidade da população menos favorecida... e assim segue a lista. Lidar com tantas incertezas e mudanças que fogem ao nosso controle facilmente nos fragiliza. Mas o mundo não para e mesmo reflexivos e amedrontados por tudo que passou a nos cercar precisamos continuar a produzir.


“Parece que o trabalho aumentou”.

Frase que se repete constantemente. O motivo já nos é conhecido: as aulas das crianças assim como suas brincadeiras que se misturam às nossas reuniões de trabalhos. Os trabalhos domésticos entraram para nossa lista de tarefas. A empresa que nos provoca diariamente a darmos soluções para aumentar a receita: fazer mais com menos (!). O esgotamento que a tela dos aparelhos tecnológicos nos traz. O corpo e a mente pedem ajuda.



A atuação do RH


Frente ao cenário descrito, a área de Recursos Humanos de uma empresa, seja ela pequena ou grande, é convocada de modo alarmante a atuar. São muitas as iniciativas necessárias frente às dores que o novo normal trouxe.


De modo imediato, o primeiro passo é criar estratégias para uma escuta atenta aos colaboradores. A partir das queixas e demandas, criar um plano de ações para que os impactos sejam atenuados.


Na consultoria em que trabalho, criamos projetos que dariam esse conforto aos profissionais. Foram estabelecidas rodas de conversa, encontros de integração, workshops com especialistas em diferentes assuntos. De Professora de Yoga até Kid

Coaching. Orientações e exercícios práticos que promovam o bem-estar de alguma forma. O lema é tornar contínuos os espaços para se comunicarem, falarem de si em busca de uma solução adequada.


Paralelo a isso, é necessário entender a questão legal e o impacto no time. Sobretudo com a emissão das MPs da redução de jornada e suspensão dos contratos para que a empresa preserve o maior número de colaboradores possível em seu quadro. No que diz respeito aos colaboradores, o ambiente tem suas repercussões e, dentro deste contexto, é importante escutar como as pessoas se sentem em relação ao plano de retomada, avaliando possibilidades de proteção aos colaboradores em grupo de risco e tendo uma triagem bem planejada. Estes fatores são importantes e fazem com o que as pessoas se sintam bem cuidadas. Quanto maior a empatia nessa relação, maior o nível de confiança entre os colaboradores.


Quando o assunto é o futuro do trabalho e o papel que as lideranças precisam tomar faz-se necessário entender que a aprendizagem e a produtividade não são diferenciadas entre presencial e online.


"A tomada de consciência do desenvolvimento de novas habilidades é a chave para o sucesso profissional".

Competências como Adaptabilidade, Comunicação pautada na ciência de dados, Pensamento Digital, Agilidade e Inteligência Emocional são as novas regras do negócio. O RH, então, precisa apoiar a diretoria e colaboradores na implementação de uma cultura fortalecida por indivíduos que carreguem esses comportamentos a fim de que a companhia se mantenha viva. Todos os seus subsistemas, principalmente Treinamento e Desenvolvimento, precisam estar preparados para formar seus times dentro desse mindset.



 


Márcia Benites

Psicóloga com atuação em Desenvolvimento de Times, Treinamentos, Orientação Profissional na Consultoria Conexão Talento para a Agência ZeroUm.




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